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terça-feira, 16 de junho de 2009

Se escândalos não forem punidos, todo o Senado ficará marcado

Autor de novelas

Rio - Quando o povo acha que o Congresso atingiu o fundo do poço da corrupção, surge novo escândalo. No Parlamento, o poço não tem fundo. O pior sempre está por vir.

Dessa vez, descobrimos que há mais de dez anos o Senado tem baixado centenas atos secretos para nomear parentes, criar cargos, aumentar salários e superfaturar serviços, entre outros delitos. Com a clara intenção de má-fé, os atos não foram publicados no Boletim Administrativo, como prevê a legislação.

Por isso, teoricamente, não têm validade jurídica. Mesmo ilegais, foram executados. E as falcatruas continuariam indefinidamente, se a imprensa não as revelasse.

Os responsáveis pelos atos secretos devem ser punidos com rigor. Mas após a divulgação dos crimes, começou o jogo de empurra. Ninguém assume responsabilidades.

O ex-diretor e os ex-presidentes da Casa nos últimos anos alegam ignorância. Mas é inevitável que o foco recaia sobre os suspeitos habituais: Agaciel Maia, Renan Calheiros e José Sarney.

Atual presidente do Senado, Sarney costuma mentir de maneira deslavada, com a arrogância dos impunes. Há poucas semanas, mentiu ao dizer que não sabia que todo mês recebia quase R$ 4 mil de auxílio-moradia.

Agora, alega desconhecer que seu neto estava empregado, sem concurso, no gabinete do amigo Epitácio Cafeteira. Certos políticos são escória. Sarney não tem moral para ser parlamentar, que dirá presidir o Senado. A faxina na Casa deve começar com seu afastamento.

Se esse escândalo também não tiver punição, ficará nítido que o Senado como um todo é conivente com os crimes.

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