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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ouvido de super-heroína

Ciência comprova que mães ouvem choro dos bebês mesmo em ambientes barulhentos

Rio - Quando Gabriele, 15 dias, começa a chorar, a mãe, Raquel Ellen Bastos, 27 anos, não consegue ouvir mais nada: só quer dar conforto à filha. Mas o ouvido aguçado não é privilegio de Raquel. Pesquisa da Emory University, em Atlanta (Estados Unidos), sugere que, quando um bebê chora, o cérebro da sua mãe é capaz de diminuir o “volume” de todo o resto do ambiente.

Foto: Severino Silva / Agência O DIA
Raquel fica 'surda' para todo o resto quando Gabriele reclama

“Se as outras luzes do palco estão todas acesas, o refletor não destaca tanto o artista. Mas, se está tudo na escuridão, o mesmo refletor destaca o cantor”, compara o pesquisador Robert Liu, que participou do estudo. “Há uma redução na atividade das áreas do córtex auditivo que não estão direcionadas especificamente para o chamado do filhote”.

Durante o estudo, cientistas utilizaram fêmeas de camundongo com e sem filhotes. Eles gravaram o chamado de filhotes, exibiram para todas elas e observaram a atividade cerebrais. As áreas relacionadas à frequência dos gritos dos filhotes ficaram ativas nos dois grupos. Entretanto, o restante do córtex auditivo das camundongos- mães se “apagou” com mais intensidade e durante mais tempo.

Pesquisadores explicam que isso ajuda a mãe a reconhecer os chamados de um bebê mesmo que num ambiente muito barulhento.

De acordo com Liu, ainda não se sabe como ocorrem tais mudanças no cérebro materno — mas provavelmente hormônios o reprogramam para ‘desligar’ com mais facilidade áreas auditivas não utilizadas para escutar bebês.

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