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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Filho é preso acusado de tramar a morte do pai

Investigação indica que crime ocorreu porque aposentado descobriu desvio de R$ 60 mil de sua conta. À polícia, assassino diz que ordem era para também matar mulher da vítima

POR MARCELO BASTOS, RIO DE JANEIRO

Rio - A investigação sobre a morte do aposentado Paulo Idalgo, 59 anos, teve um desfecho surpreendente. Filho da vítima, Alessandro Paes Idalgo, 33, o Pardal, foi preso ontem acusado de ser o mandante do crime, há duas semanas, em Irajá. Ele teria encomendado ainda a morte da mãe e pegaria aos assassinos R$ 60 mil.

Foto: Carlo Wrede / Agência O DIA
Alessandro negou ter planejado a morte do pai: ele acusou agiota

Apontado como um dos executores, Diogo Silva dos Santos, 21, foi capturado terça-feira em Irajá e revelou a participação de Alessandro à polícia.

“Investigamos a informação de que Alessandro teria desviado R$ 60 mil do pai, fruto da venda de um imóvel, e tinha medo de ser denunciado. Esse dinheiro seria usado para pagar dívidas. Segundo o relato do Diogo, a mulher da vítima só não foi morta porque eles tiveram pena, já que a filha — que é excepcional — se agarrou a ela. Por esse motivo, a valor não teria sido pago aos executores”, disse o delegado João Dias, titular da 27ª DP (Vicente de Carvalho).

Os agentes investigam a informação de que Alessandro telefonou para o irmão caçula e pediu para que ele fosse comprar algo no mercado. O objetivo era facilitar a entrada dos bandidos no imóvel. Na saída do adolescente, a dupla de pistoleiros o abordou e entrou no casa. Além de Diogo, que foi preso por agentes da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), homem identificado como Beto teria participado do crime e teria sido o autor do disparo que matou Paulo.

Segundo a polícia, Alessandro teria entrado em contato com Diogo e Beto através de um amigo, identificado como Tiago. Investigadores tentam agora chegar a essas pessoas.

Em depoimento, Alessandro negou as acusações. Ele disse que havia contraído uma dívida de R$ 30 mil com agiotas e que não teria conseguido saldá-la. Depois de ameaças, os criminosos teriam se vingado matando seu pai.

Polícia vai procurar arma em canal

A Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias de Diogo e Alessandro, capturado na casa da namorada, em Jacarepaguá. Ambos foram indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte), já que objetos foram roubados da casa.

O advogado Aloísio Gouveia, que defende o filho do aposentado, garantiu que seu cliente é inocente. “Vou recorrer da decisão”, disse. Segundo ele, Diogo acusou Alessandro para tentar proteger o verdadeiro mandante, que seria um agiota.

Aos investigadores da 27ª DP, Diogo afirmou que a arma usada no crime foi jogada em um valão próximo do endereço da família. Os policiais vão dragar o fundo do canal hoje para tentar localizar o armamento.

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